Em Portugal, todos os anos são detetados 900 novos casos de cancro do colo do útero.
O exame citológico é simples e normalmente é indolor. Deve
ser realizado em todas as mulheres com vida sexual ativa ou não, pelo menos uma
vez ao ano.
Após três exames anuais consecutivos normais, o teste de
Papanicolau pode ser realizado com menor frequência, podendo ser, em mulheres
de baixo risco, até a cada três anos, de acordo com a análise do médico, porém,
mulheres com pelo menos um fator de risco para cancro do colo do útero, devem
continuar a submeter-se ao exame anual.
Normalmente, é realizado ao longo de um exame vaginal, em
que a mulher tem um espéculo inserido na vagina, através do qual se deve
introduzir uma espátula, com a qual se deve raspar suavemente os septos do
fundo da vagina e a superfície do cérvix. O material obtido deve ser enviado
para o laboratório para que possa ser posteriormente examinado via microscópio.
Desta forma, pode-se determinar se as células recolhidas na extração são
normais ou se evidenciam algum traço atípico, devendo ser catalogadas segundo o
seu grau de anomalia.
Os resultados da citologia cervicovaginal efetuada de forma
rotineira costumam ser normais. Nos casos em que se detetam células
inflamatórias ou elementos celulares de aspeto suspeito, deve-se repetir o
exame. Por outro lado, caso se descubram células atípicas, é preciso
complementar o exame com outros procedimentos, como por exemplo uma biópsia, de
modo a confirmar a existência de uma lesão pré-cancerosa ou maligna, para se
proceder à sua destruição ou extração, o que permite a cura do problema.
O rastreio com Teste de Papanicolau permite reduzir até 80%
as mortes por cancro do colo do útero.